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GLP, gigante dos galpões, eleva aposta no Brasil
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Imagem do presidente da GLP Brasil no escritório em São Paulo

A GLP – maior empresa do segmento de galpões com atuação no Brasil – está reforçando suas apostas no segmento. Em resposta à demanda de áreas por parte de empresas de comércio eletrônico, a GLP captou fundo de R$ 2,63 bilhões parainvestimentos em ativos de alto padrão no raio de 30 quilômetros da cidade de São Paulo. Do total, R$ 1,48 bilhão já foi desembolsado. Os aportes restantes serão feitos nos próximos quatro anos.

Iniciada há dois anos, a captação acaba de ser concluída. Oito terrenos já tinham sido adquiridos e estão em diferentes fases de desenvolvimento de projetos – há previsão de compra de mais uma área com recursos do fundo. Quando os nove empreendimentos estiverem prontos, o portfólio do fundo será de R$ 5,2 bilhões. Por enquanto, um empreendimento foi concluído. Localizado em Cajamar (SP), está totalmente locado para o Mercado Livre.

O Canada Pension Plan Investment (CPPIB) respondeu pela maior parte de alocação de recursos no fundo GLP BDP II, com 39,6% de participação no valor. A  Abu Dhabi Investment Authority (Adia) ficou com fatia de 38,4%, e a própria GLP, com 22%.

 “Existe demanda por galpões por parte do ‘e-commerce’ e para substituição deprodutos antigos ineficientes”, afirma o presidente da GLP, Mauro Dias. O novo estoque da empresa a ser entregue, neste ano, em São Paulo e no Rio de Janeiro, soma 482 mil m² e faz parte de 580 mil m² em construção. “Do total de entregas previstas para o quarto trimestre, 70% está pré-locado”, conta Dias. No primeiro semestre, a empresa investiu R$ 554 milhões e, no acumulado de 2020, R$ 713 milhões.

De janeiro a junho, o total de novas locações e renovações de contratos da GLP chegou a 507 mil m², com crescimento de 54% em relação aos seis primeiros meses de 2020. No acumulado do ano passado, a GLP registrou locações de 685 mil m². A taxa de ocupação era de 96,4%, no fim de junho, acima dos 95% do encerramento do primeiro semestre de 2020.

“O setor logístico é um dos que se beneficiou da pandemia. No Brasil, a penetração do ‘e-commerce’ passou de 6% para 11%, e ainda há muito espaço para crescimento”, diz Marcela Drigo, diretora de investimentos imobiliários do CPPIB na América Latina. O CPPIB investiu em todos os fundos captados pela GLP para o desenvolvimento de galpões no país. “Atualmente, nossas maiores exposições, no país, estão em shopping centers e galpões”, afirma a executiva.

Para o diretor geral do CPPIB na América Latina, Rodolfo Spielmann, como não está claro o quanto o comércio eletrônico crescerá no Brasil, é possível que, em alguns anos, a avaliação seja de que os investimentos que estão sendo feitos em galpões foram conservadores e que os aportes poderiam ter sido ainda maiores.

Há expectativa de aumento real dos preços de locação de galpões, em regiões do entorno da capital paulista, considerando-se a combinação de grande demanda por áreas, custos terrenos e de construção elevados, e pouca vacância. “Nos últimos quatro anos, não houve crescimento real dos aluguéis”, diz Marcela.

Nos contratos vigentes atrelados ao Índice Geral de Preços – Mercado, as renegociações de contratos de aluguel estão sendo feitas pela GLP caso a caso. “A tendência é de mudança, com uso maior do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que tem menos volatilidade”, afirma Dias.

Assim como ocorre em outros segmentos do mercado imobiliário, a construção de galpões tem sido muito pressionada por custos de materiais de construção. “O aço responde por 30% do nosso custo de construção, mas temos algum poder de barganha por sermos a maior contratante de galpões do mercado”, afirma o presidente da GLP.

Em relação a terrenos, a tendência é de que a menor disponibilidade tenha cada vez mais impacto nos preços, segundo Dias. “Gostamos de brincar que Deus parou de criar terrenos há muito tempo”, diz o executivo. A maior parte do portfólio da GLP está em São Paulo e no Rio de Janeiro, mas há também ativos em outros mercados.

 Foto: Claudio Belli/Valor
 Fonte: Valor Econômico —  Por Chiara Quintão — De São Paulo
 

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